segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

2 Informativo Semente Nova de Junho de 2005

Editorial

Milagres acontecem... !!!
Capuchinhos de Porto Velho disputam torneio e são vice-campeões.

O Seminário Maior Arquidiocesano de Porto Velho, João XXIII, promoveu um torneio de futsal no dia 01 de maio, comemorando e celebrando o seu 20º aniversário. O torneio visava um momento de integração, de comunhão, de lazer fraterno e convivência.
Irmãos e irmãs, as nossas constituições nos dizem: “Os frades gozem todos de uma recreação conveniente, para promover a convivência fraterna e para refazer as forças... De acordo com os costumes e as possibilidades das regiões, façam-se recreações especiais... de maneira conveniente a nosso estado de menores (Const 84,1-2). Foi com esse espírito e intuito que participamos desse momento esportivo.
É verdade que, se tivesse feito uma aposta quem seriam os finalistas, nem nós mesmos apostaríamos em nós. Mas os jogos foram acontecendo e, quando vimos, dos 20 times do torneio, nós estávamos na final. Muitas frases surgiam neste momento, por nós e alguns que ali estavam: Nós estamos na final? São Francisco é forte, hein! Não é esse o time dos capuchinhos, e estão na final...? Assim como Tomé disse: “Eu só acredito vendo”, era só estando ali para ver que era real e acreditar.
Por outro lado, tínhamos alguns elogios: “Vocês são o time melhor organizado em quadra”. “Vocês tem muita garra, união e humildade”..
Irmãos, perdemos a final nos pênaltis, ficamos vice-campeões. Nosso goleiro, Frei Alessandro, ganhou a medalha de menos vazado. Mas, tudo isso não importa. O importante foi o momento esportivo que vivenciamos. Chegamos lá desconhecidos e desacreditados como time, saímos reconhecidos e parabenizados. Cansados como quem não aquentava mais, mas felizes, a auto-estima estava elevada.
Por isso, agradecemos e parabenizamos mais uma vez os nossos irmãos diocesanos, do Seminário Maior João XXIII, que proporcionaram esse momento gostoso e alegre, de comunhão e lazer entre as comunidades. Também o nosso amigo e “irmão”, professor Fábio R. Hecktheuer, que jogou conosco. Ser frei é também participar desses momentos esportivos que visa a integração.
E você meu caro jovem, não quer ser um frei capuchinho?
Um cordial abraço a todos!
Paz e Bem!

Filosofando

“A nossa vida se entende pelo que fazemos, pois viver é saber o que se faz, encontrar-se a si mesmo no mundo ocupado com as coisas e seres do mundo”. Todo viver é ocupar-se com alteridade, é convivência, encontrar-se no meio de uma circunstancia: “ Eu sou eu e minha circunstância. Circunstância é o próprio mundo, tudo o que cerca a vida, a minha vida e a de cada um. O viver consiste em saber-se, compreender-se, dar-se conta de. A palavra mundo designa uma totalidade estruturada a partir do ser-aí. O aí dá uma idéia de abertura, a partir da qual há no mundo. Não existe um ser aí sem mundo nem mundo sem ser-aí.
Viver é ocupar-se com o outro e não de si mesmo. Conviver é encontrar-se no meio de uma circunstância. A vida é um defrontar-se com, estar aberto a... O homem nunca é seguramente homem, pois ser homem significa, precisamente, estar sempre com a disponibilidade de não sê-lo. O tigre não deixa de ser tigre, enquanto que o homem vive em risco permanente de desumanizar-se. O homem é um ser problemático e contingente e corre o risco de perder sua humanidade. Sua condição é uma incerteza substancial, pois, conforme Ortega Y Gasset, “o pensamento não foi dado ao homem de uma vez para sempre, isto é, não foi colocado a disposição do homem como uma potência perfeita e pronta para ser usada. Não pensamos para nascer, mas nascemos para pensar.
Frei Hélio Meireles


Teologando

SACERDÓCIO COMUM

O povo católico de hoje tem uma total necessidade de ministros ordenados, é o que se observa em nossas comunidades. Tudo se torna autêntico, se por um presbítero for realizada qualquer ação como, por exemplo, um casamento, batizado, intenção de 7º dia e tantas outras coisas; e há os que dizem não haver realização total, se a celebração ou missa não for presidida por um padre. Muitos católicos e católicas só vão à igreja quando tem missa,
ou quando é uma data importante (Páscoa, Natal)... Estes ainda não descobriram o sentido do sacerdócio comum que, em Cristo, todos fazem parte.
A comunidade cristã não deve ser um lugar de restrições, onde só alguns e algumas podem participar plenamente, e embora nossas estruturas e leis contribuam para isso. A presença de todos e todas é a mais importante. Cabe a nós resgatar a justificação que em Cristo somos privilegiados. Nesse sentido, buscamos corresponder com aquilo que recebemos no batismo, tornar-nos anunciadores e anunciadoras da graça de Cristo e não meros pertencentes de sua Igreja. Com a descoberta da relação direta com Deus e o sentido do sacerdócio, o cristão e a cristã compreenderão a importância de celebrar em comunidade e o sentido missionário do batismo.
O Tempo Comum não é um intervalo, nem tampouco menos festivo, mas sim o Tempo da Igreja, onde todos e todas são convidados e convidadas a viver com intensidade os mistérios de salvação que celebraram em comunidade. É o tempo do testemunho e da Ação do Espírito Santo que deixa manifestar em nós a realização do Reino. Muitos frutos produzirão aqueles e aquelas que continuam participando, pois descobriram que se pode viver com grande alegria a herança que Deus nos reservou.
Frei José Randson
Mensagem

EUCARISTIA VIDA E COMUNHÃO

João Paulo II abriu o ano Eucarístico em outubro de 2004, que estende-se até outubro de 2005. Nesse tempo os discípulos de Emaús são um ponto de partida, que bem serve para nos orientar neste ano, no qual, a Igreja, “povo de Deus”, se empenha em viver o mistério da santa Eucaristia. Os dois discípulos caminham desesperançados e abatidos. Pelo caminho encontram um viajante, e vai explicando as escrituras. A luz da palavra desfazia a dureza de seus corações e lhes abria os olhos. Permanecer conosco, Senhor, suplicaram-lhe. E ele aceitou. Dentro em pouco o rosto de Jesus desapareceria, mas o mestre “permaneceria” sob os véus do “pão partido”, diante do qual seus olhos se haviam aberto. Quando o encontro se torna pleno, à luz da palavra, surge aquela que brota do “Pão da vida”, com o qual Cristo cumpre de modo Máximo sua promessa de “estar conosco todos os dias até o fim do mundo”. (Ecclesia de Eucharistia, João Paulo II).
Ao celebrarmos a Eucaristia, na fraternidade ou nas comunidades, não podemos ficar presos só àquele momento, pois ela ultrapassa esse pequeno espaço, onde, muitas vezes, nós a delimitamos. Em outras ocasiões fazemos deste momento algo só “meu”; esquecemos, assim, a dimensão da comunhão: com o universo e o outro. “Eucaristia é Comunhão fraterna, cultivada com uma espiritualidade de comunhão que nos induz a sentimentos de recíproca abertura, de afeto, de compreensão e de perdão” (João Paulo II).
Encarnar o projeto Eucarístico na vida cotidiana, lá onde se trabalha e se vive: na família, na escola, no trabalho, nas mais diversas condições da vida, é celebrar em todos os momentos: comunhão, vida e Eucaristia. É transcender é comungar da vida do irmão, da família, da fraternidade. O próprio momento e o sacramento. Termino com as palavras do Papa João Paulo II: O cristão que participa da Eucaristia aprende dela a fazer-se promotor de comunhão, de paz, de solidariedade em todas as circunstâncias da vida.
Frei João Ricardo Spanhol

História da vocação

Quando pequeno, minha mãe levava-me sempre a missa com ela. Um dia vi um casamento na igreja Nossa Senhora da Medalha Milagrosa. Achei muito bonito, pois era a primeira vez que via um casamento. Então pensei: “um dia irei também casar-me nesta igreja!” Eu só tinha quinze anos... Bom, o tempo foi passando, e eu participava da catequese, crisma; me engajei em um grupo de jovens cujo nome era Jumacc (Jovens Unidos Movendo Ação Comunitária Cristã). Então eu via os exemplos de vida dos freis que trabalhavam na paróquia Nossa Senhora Aparecida. Fiquei encantado e pensei: “Quero ser também um frei.” Mas meu grau de escolaridade era muito baixo, fiquei um pouco inibido. Resolvi procurar um amigo que já estava no seminário e perguntei qual era o grau de escolaridade que se devia ter para entrar num seminário. Ele respondeu-me: O 2º grau completo.” Fiquei triste, pois eu tinha apenas a 6ª serie. Então menti ao seminarista Isaias, que agora já é padre, dizendo que eu estava interessado em ser um padre. Isaías disse-me que iria levar o meu desejo ao seu reitor. Vinte dias depois, deu-me a resposta, era para eu ir conhecer o seu reitor Pe. Paulo. Então dei a ele a resposta que já tinha mudado de idéia, pois eu tinha mentido. Como eu iria?
Seis meses após, comentei o meu desejo de ir para um seminário a frei Vitor Paludo, mas o meu grau de escolaridade era apenas a 6ª série. Então frei Vitor sorriu e disse que eu podia estudar em Tangará da Serra, na casa dos freis ser um vocacionado franciscano capuchinho. Assim fiz. E sou muito contente com o presente que Deus me deu através do frei Vitor Paludo. Hoje ele está fora da Ordem, espero que um dia ele volte.
Frei Deodete Nunes da Silva.

Humor

ACIDENTES DE PERCURSO
Num vôo comercial, o piloto liga o microfone e começa a falar com os passageiros:
-Bom dia, senhores passageiros, neste exato momento estamos a nove mil metros de altura e estamos sobrevoando a cidade de... OH, MEU DEUS!
-Bem na hora houve-se um barulho:
-Plect, plect, crash!
Todos ficam extremamente preocupados.
E o piloto informa:
- Desculpe o susto, é que quando eu fui pegar minha xícara de café, sem querer eu a derrubei. Precisam ver como ficou a parte da frente da minha calça.
E um passageiro gritou lá do fundo do avião:
- E o senhor precisa ver como ficou a parte de trás da minha cueca.


O bebum estava no maior porre, quando passa uma procissão pela rua na frente do boteco.
Dezenas de pessoas carregando uma santa, num andor todo decorado em verde e rosa.
O cachaceiro berra:
- Olha a mangueira aí, gente!
Enfezado, o padre vira-se para o bêbado e esbraveja:
- Mas que falta de respeito, seu excomungado!
Fique ai com seu vício e nos deixe em paz com a nossa fé!
Nem bem o padre acabou de falar, a santa bate no galho de uma árvore, cai e se espatifa no chão. E o bêbado:
Bem que eu avisei!


- Olha, eu sou um pescador que pesca um peixe atrás do outro!
- Ué! Eu nunca vi você voltar da pescaria com um peixe sequer!

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