segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

1 Informativo Semente Nova de Março de 2005

Editorial

RESSUSCITOU...!

Caros confrades, irmãos e amigos, a todos nossa saudação fraterna e amiga de paz e bem!

“De repente, Jesus foi ao encontro delas, e disse: ‘Alegrai-vos’” (Mt 28, 9a). É com este sentimento, onde o próprio Cristo ressuscitado nos convida a alegrarmos, que nós Pós-Noviços da Vice-Provincia, São Francisco de Assis, convidamos a todos vocês irmãos a se alegrarem conosco por meio deste informativo.

Vocês devem recordar que este jornal, já existia há um tempo atrás, como meio de comunicação da fraternidade de Porto Velho-Ro. Em especial da casa de formação São Francisco das Chagas, com os estudantes da Filosofia. Agora, nós, Pós-Noviços, após o nosso último encontro, decidimos e assumimos fazer ressurgir este informativo, para ser um elo de ligação, de comunicação e de informação, onde partilharemos nossas experiências de estudo, de trabalho e convivência fraterna com todos vocês que formam conosco esta grande família.

Aqui partilharemos nossos conhecimentos, nossas descobertas, nossas dores e angustias, alegrias e esperanças, que a formação nos suscita nos dias de hoje como religioso capuchinho.

Que o Espírito do Senhor ressuscitado nos conduza em nossos objetivos. E, que nosso irmão frei José Aparecido, que com está Cristo, junto com o Pai Seráfico são Francisco de Assis nos ajudem a permanecerem firmes no nosso propósito de vida.

A vocês irmãos o nosso apreço, o nosso carinho por partilhar conosco este informativo.

Deixamos aqui os votos em nome de todos os Pós-Noviços.

Alegrai-vos no Senhor! Paz e Bem!

Teologando

É POSSÍVEL PREGAR HOJE A RESSURREIÇÃO?

Todos os anos celebramos em nosso calendário a grande festa do cristianismo: a Páscoa. Como cristãos comemoramos esse ato a quase dois anos.

Esta festa nos recorda um grande acontecimento: a ressurreição do Senhor. É inegável que o cristianismo existe e perdura por causa da fé nesta ressurreição de Cristo, como afirma o próprio apóstolo Paulo: “Se Cristo não ressuscitou... é vã a nossa fé... seremos também falsas testemunhas... somos os mais miseráveis de todos os homens” (1 Cor 15, 14-18). Por sua ressurreição Cristo provou ao mundo que a vida possui uma força muito maior do que a morte. Pois a ressurreição é vida nova, é alegria é vida plena.

Contudo, também não dá para negar que o mundo é fortemente marcado por injustiça, violência e morte. Quem de nós não ouvimos ou presenciamos pessoas passando fome, sendo roubadas, violentadas, doentes, etc? Situações que parecem nos tirar a esperança de um bom futuro. Sinais que muitas vezes nos desanimam e põe em prova a nossa fé. E mais, nos faz questionar: é possível pregar hoje a ressurreição?

Primeiramente precisamos nos perceber como ser humano. Um ser cheio de potencialidades, porém limitado. E que sinais de paixão (sofrimento) e morte não são acontecimentos inéditos apenas de nossa época. O próprio Jesus de Nazaré experimentou, quando assumiu a nossa condição humana (sarx), esse nosso lado frágil. Assim como Jesus, precisamos saber assumir a nossa morte como condição humana. Por isso, quando falamos da ressurreição de Cristo não podemos deixar de falar da vida, paixão e morte de Jesus. E assim como Jesus nosso desejo é pregar a ressurreição com o objetivo de evitar a produção de mais cruz, para nós e para os outros. E também não esquecer que, nesse cenário que contradiz a vida, a ressurreição possui uma grande relevância para o fenômeno humano. “Diante do forte domínio de sinais de paixão e morte, ela (ressurreição) se revela como uma luz de esperança de que a nossa vida, o nosso futuro possui um fim bom”, afirma Leonardo Boff em sua obra Do Lugar do Pobre. E que assim como a nossa morte também a nossa ressurreição já começou. Ela é um processo que revelou primeiramente em Jesus e se propagará até conquistar toda a criação.

Frei Geovane Leite.

Franciscanismo

É difícil não deixar de ligar nesta campanha da fraternidade, São Francisco de Assis com a Paz, pois São Francisco soube vivenciá-la tão bem que se tornou um símbolo da paz na época em que viveu até os dias de hoje.

São Francisco não só anunciava e desejava a todos que “O Senhor vos de a paz” (1C 23), mas foi um grande pacificador, entre muitas historias, recordamos a briga do bispo de Assis com o prefeito (LP 44), o lobo de Gúbio (Fior 21) e a pregação em Siena (Fior 11), além de muitos outros fatos que São Francisco devolveu a calma, trouxe de volta a paz. São Francisco foi à própria paz, ele a viveu como se fosse uma regra, mesmo quando os irmãos tentavam seguir outros caminhos, São Francisco ainda assim conseguia manter a calma.

São Francisco não só desejou a paz, mas viveu de tal forma que a paz fez parte de seu próprio ser, como se a paz o complementa-se. Era para ele uma das principais alegrias poder levar e pregar a paz, pois só assim ele via que estava seguindo o propósito que Deus tinha para ele.

Não é por acaso que ele é conhecido como apóstolo da paz, embaixador da paz e promotor da paz, além de vários outros títulos que alcançou devido a grande pessoa que foi.

Francisco certa vez falou a frei Leão que se Deus tivesse alma, chamar-se-ia Paz e que só se dá valor a paz quando a perde. Também nos conta a legenda dos três Companheiros que “São Francisco, anunciava a paz, pregava a salvação, e com suas eficazes admoestações, muitos daqueles que viviam na discórdia, longe de Cristo e do caminho da salvação, unia-se na verdadeira paz” (3C 26).

O compromisso que São Francisco deixou e encarregou seus irmãos fazerem, é também o nosso nos dias de hoje, que é de “anunciar aos homens a paz e a penitência” (1C 29), é um clamor tão forte, algo tão esperado que aconteça, que depende de cada um de nós, sendo seguidores do carisma franciscano levar e proclamar a paz.

A Todos Paz E Bem!

Frei Darlan Dal’Maso

Filosofando

A vida é um movimento, inquietude, e não um axioma coagulado, inerte. O homem não é um esqueleto mecânico que se move por meio de molas, nem razão ambulante ou uma máquina de fazer conceitos. O fato radical é o ser humano viver.

Mas, o que é a vida afinal? Vida é o que somos e o que fazemos. A vida é um agora e consiste no que se é agora. Isso significa que o passado e o futuro só têm realidade no agora, graças ao que o passado e a antecipação do futuro se faz no aqui e agora. A vida é pura atualidade, é pontual, é um ponto que contém todo o nosso passado e todo o nosso porvir responde filósofo, Ortega Y Gasset.

Segundo Casa grande comentando Ortega y Gasset, “o primeiro atributo da vida é o dar-se conta, pois nossa vida nada seria se nós não nos déssemos conta. Todo viver é sentir-se vivendo, saber existindo; este saber, necessariamente, não implica um conhecimento intelectual nem sabedoria especial alguma, mas essa surpreendente presença que a Vida tem para cada um: sem esse saber-se, sem esse dar-se conta, nem a própria dor de dente não nos doeria. A pedra não se sabe ser: é cega para si mesma, ao contrário, viver é uma revelação, um estar insatisfeito com ser pura e simplesmente, mas compreender, inteirar-se”. Segundo Heidegger, a vida é uma preocupação,
uma angústia por não ter nunca certeza do que se antecipa. Nunca somos totalmente o que somos aqui e agora. Na realidade, somos o que somos a partir do possível
inerente ao projeto. A nossa vida é um projeto arquitetônico que vamos construindo aos poucos. Ninguém é um grão de areia cristalizado que no presente não possa ser modificado. Viver consiste em saber-se compreender, em advertir-se o que nos rodeia, num ser transparente a si mesmo. Nós somos o acúmulo da experiência da humanidade. Enquanto, o homem está preocupado com seus bens individuais, ele não é feliz. Quanto mais pobres somos, mais crentes somos. “A vida não é um instrumento da razão, mas sim uma realidade radical á qual deve supeditar-se”.

Frei Hélio Meireles.

História da minha vocação

O Amor vem de Deus, conhecer a Deus é ser amado por ele, é refletir o seu amor. (JO. 4,7)”

Estimado leitor, gostaria de relatar aqui um pouco da minha história vocacional. Assim como eu, muitos são chamados a anunciar o Reino de Deus.

Desde a minha infância fui educado para uma vida cristã, isto é, sempre participei da vida da Igreja atuando nas diversas pastorais, e um dos fatos mais marcante em minha vida foi a oração do rosário da qual eu participava com a minha mãe nos grupos de famílias. Com a graça de Deus ingressei na catequese onde realizei o sacramento da Primeira Eucaristia e da Crisma.

A minha participação na Igreja tornou-se ainda mais freqüente a partir do momento em que comecei a envolver-me com a pastoral da liturgia e da catequese. Confesso que a minha alegria era poder estar todos os domingos junto do padre no presbitério, proclamando as leituras e, de vez em quando até ajudando o padre na hora do ofertório. Foi por meio desses atos que comecei a tomar gosto e paixão pelos objetos sagrados da Eucaristia. Já não tinha outra coisa em mim de especial no momento da missa a não ser a contemplação dos objetos sagrados.

A minha vida foi se transformado cada vez mais, até que um belo dia fui convidado para participar de um encontro vocacional no Convento dos Freis Capuchinhos. Estando lá, recebi uma proposta para fazer uma experiência vocacional no convento dos Freis Capuchinhos em Tangará da Serra MT; confesso que fiquei muito feliz, porém, eu sou um jovem como qualquer outro, tinha meus planos de vida profissional, minhas farras e minhas paixões. Eu digo que não foi muito fácil deixar um projeto “natural” para acolher um projeto divino, mas nessa vida nem tudo é tão complicado assim que não se possa resolver com uma simples opção definitiva.

Durante a caminhada fui descobrindo, a partir do processo formativo, que, além do amor que eu sentia pela minha namorada, dentro de mim pulsava um amor maior de entrega, doação total ao Reino de Deus. Foi então, nesse tempo, que conheci São Francisco de Assis que na vida ensinou-me a discernir esta opção por Deus, acolhendo o Reino do amor, da justiça e da paz. Sei que nesta caminhada nem tudo são como as bonitas rosas, entretanto, com os poucos passos que pisei, descobri que os espinhos nos ajudam a amadurecer frente à vontade de Deus e a realidade atual.

A minha história vocacional não se acaba por aqui, mas perdura no meu dia-a-dia. Posso dizer que estou feliz, porque estou vivendo este tempo com intensidade, vontade e convicção.

Sou natural de Cuiabá MT, tenho 22 anos e estou cursando o Segundo ano de Filosofia. Venho de uma família de cinco irmãos e atualmente faço parte da fraternidade São Francisco das Chagas – Porto Velho RO.

Caro leitor: “Não tenha medo de se arriscar por uma causa maior”. JESUS CRISTO

Frei Carlos Antônio Rodrigues

Humor

O sujeito chega para o padre e pergunta:

- Padre, o senhor acha correto alguém lucrar com o erro dos outros?

- É claro que não, meu filho!

- Então me devolva a grana que eu te paguei para fazer o meu casamento.


O português manda um telegrama para sua mãe, que o espera no

Brasil: “Atrasei-me e perdi o avião. Saio amanhã no mesmo horário”.

A mãe, preocupada, envia um telegrama de resposta:

“Não, meu filho, não faça isso, senão vai perder o avião novamente!”.


- Doutor, como eu faço para emagrecer?

- É simples – respondeu o médico,

- Basta a senhora mover a cabeça da esquerda para a direita e da direita para esquerda.

- Quantas vezes, doutor?

- Todas as vezes que te oferecerem comida.

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