As Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora do Brasil 2011-2015 diz que “Deus se dá a conhecer no diálogo que estabelece conosco. “Quem conhece a Palavra divina conhece também o significado de cada criatura”. A Palavra divina pronunciada no tempo, deu-Se e entregou-Se à Igreja definitivamente para que o anúncio da salvação possa ser eficazmente comunicado em todos os tempos e lugares...disto conclui-se como é importante que o Povo de Deus seja educado e formado claramente para se abeirar das Sagradas Escrituras na sua relação com a Tradição viva da Igreja, reconhecendo nelas a própria Palavra de Deus”. “O contato profundo e vivencial com as Escrituras é condição indispensável para encontrar a pessoa e a mensagem de Jesus Cristo e aderir ao Reino de Deus”. “É, pois, no contato eclesial com a Palavra de Deus que o discípulo missionário, permanecendo fiel, vai encontrar forças para atravessar um período histórico de pluralismo e grandes incertezas”. “Nosso tempo traz em si uma ambiguidade. Estamos num tempo de muitas falas, muitos ruídos, muito barulho, incertezas e crises de referencias. O mundo fala, mas tem sede de palavra que guia, tranquiliza, impulsiona, envolve, ajuda a discernir. O mundo tem sede, portanto, da Palavra de Deus. Nosso tempo carece de conhecer verdadeiramente a Palavra, deixar-se apaixonar por ela e, com ela, caminhar pelas sendas do Reino” (nº44; 46 47,48).
E as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora continua exortando aos seguidores de Jesus de Nazaré com a seguinte reflexão: “Infelizmente, em meio a tantos ruídos, também podemos constatar que a Bíblia, algumas vezes, não é usada com luz para a vida. Ao contrário, é instrumentalizada até mesmo para engodo. Cabe ao discípulo missionário não se abater diante de tamanha manipulação da Sagrada Escritura. Se, por amor, Jesus Cristo, Palavra eterna do Pai, se entregou para a nossa salvação, como se abater ao constatar que a Escritura parece refém de quem busca apenas benefício próprio? Assim como Ele venceu a morte e o pecado, o discípulo missionário de hoje é chamado a ultrapassar as teias da manipulação bíblica e fazer a Palavra brilhar (Mt 5, 14-16), como fonte de vida, justiça e paz. A Palavra de Deus como tal deve ser acolhida e praticada. São várias as modalidades de orar com a Bíblia, dentre elas, aconselhamos o Método de Leitura Orante da Bíblia. Nela, o discípulo missionário acolhe a Palavra como dom, mergulha na riqueza do texto sagrado e, sob o impulso do Espírito, assimila esta Palavra na vida e na missão. Assim como dois amigos são capazes de se identificar em meio a multidão, o discípulo missionário, através do exercício da Leitura Orante, aprende a estabelecer contato com a Palavra de Deus e com o Deus da Palavra, ainda que em meio à agitação diária. A Igreja, como casa da Palavra deve, antes de tudo, privilegiar a Liturgia, pois esta é o âmbito privilegiado onde Deus fala à comunidade. Nela Deus fala e o povo escuta e responde” (nº49,52,54).
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