sábado, 30 de janeiro de 2010

Nos dias 24 a 29 de janeiro de 2010, Frei Luciano e Frei Hélio estiveram em Rosa do Mar - SC representando a Vice-Provincia São Francisco de assis:Brasil-Oeste, no 41º ENFORMA ( Encontros dos Formadores). Onde foi avalaiado, corrigido e aprovado o novo intinerário formativo da Provincia Sagrado de Jesus - RS.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

6 Informativo Semente Nova de Junho de 2006

Editorial

Pentecostes: o Deus entre nós
Queridos (as) irmãos (as) em Cristo, Paz e Bem! Estamos vivenciando o grande acontecimento de Pentecostes, de grande importância para nós, pois é ali que começa a Igreja de Jesus Cristo continuada hoje em nossas Comunidades Eclesiais de Base. Era uma pequena comunidade de pessoas dispostas a seguir adiante a missão que Cristo começou. Missão esta que é a nossa hoje.
Na atualidade vivemos os elementos ligados à cultural do “descartável”. O consumismo reflete-se também na nossa religiosidade, e o homem, habituado a se dirigir ao supermercado para escolher a mercadoria que lhe serve, se dirige do mesmo modo para a proposta religiosa que lhe parece mais cômoda e imediata, a que menos exija compromisso.
Estamos vivendo no mundo da eficácia. Temos muita dificuldade de viver em comunidade, porque só nos ocupamos do que vai render algum fruto imediato. Se abraço determinada “igreja”, a primeira pergunta que faço é: que proveito ela trará para minha vida? Há uma compensação. Eu me torno discípulo e, em compensação, terei um efeito imediato: a cura, o êxtase o consolo, etc. Porém, nessa “religião” de resultados raramente são colocados os frutos do Espírito Santo – o amor, a justiça e o compromisso com o outro. Assim, não dá para dizermos ou cantarmos aquele antigo refrão: “Ele está no meio de nós, sua Igreja povo de Deus”, pois, “nisto se revelam os Filhos de Deus e os filhos do demônio: todo o que não pratica a justiça não é de Deus, nem aquele que não ama o seu irmão” (1Jo 3,10).

Franciscanismo

“Somos chamados a evangelizar, a Boa Nova do Reino anunciar...", Chamados, Convidados e Convocados para o anúncio da Boa nova de Jesus Cristo do jeito de São Francisco e Clara de Assis. É assim que nós frades menores capuchinhos nos sentimos vocacionalmente no trabalho missionário com o povo de Mato Grosso e Rondônia. Para sermos verdadeiros "instrumentos" de anúncio e vivência da boa nova, é necessário que tenhamos um coração aberto aos apelos do Evangelho e a prática franciscana. Nós, vocacionados, somos convidados a passar por algumas etapas de formação e uma delas é o chamado POSTULANTADO, período em que o jovem é convidado a postular a vida religiosa fazendo da sua vocação uma opção pela vida em fraternidade, onde se faz a experiência de acolhida ao "diferente" que vem da sua realidade (familiar, cultural) para conviver e somar os ideais e solidificar as convicções dentro de uma vivência fraterna que para nós é a própria expressão da Boa Nova:"os irmãos, era um só coração e uma só alma. Ninguém considerava como próprias as coisas que possuía, mas tudo entre eles era posto em comum" (At 4,32).
O postulantado como fase inicial tem este fio condutor que leva os jovens a aprofundar, amadurecer e realizar a opção vocacional por uma causa que os faça feliz junto com os irmãos e o povo que Deus nos confia. O postulantado "também deve ser provada e cultivada a maturidade humana principalmente afetiva e também a capacidade de discernir evangelicamente os sinais dos tempos". (Const. 28) Realmente nós somos sementes lançadas ao campo. Que semente é você? Em que terreno você está? Temos a prova de que somos iluminados pelo raiar do sol e agraciados pelas chuvas; a capacidade nossa de dar frutos só depende do cultivo diário da personalidade ligada aos diversos fatores que nos preenchem: a identidade, sexualidade e afetividade. São aspectos que bem cultivados e amadurecidos pela prática diária da oração, trabalho, convivência e lazer, faz-nos sermos pessoas Íntegras e felizes e realizadas.
Jovem, você não deseja postular a sua vida?... A Boa Nova nos foi anunciada e é preciso que você, nós hoje, sejamos anunciadores de Deus a serviço de seu Reino, como Verdadeiros Missionários Capuchinhos!
Frei Carlos Antônio Rodrigues da Silva. Paz e Bem!

Teologando


SEGUIR JESUS SEGUNDO MARCOS
Quando conhecemos e amamos profundamente alguém, gostaríamos de ficar sempre com essa pessoa. O mesmo acontece com Jesus. As pessoas que o conheceram e entraram no mistério de sua vida e missão, queriam ficar com Ele e segui-lo. Não basta saber quem é Jesus. É preciso optar por Ele e segui-lo, assumindo seus valores, seu projeto de vida que se revela na sua prática. Mas como se dá isso? Os quatro evangelhos testemunham que só compreende o projeto messiânico de Jesus quem se dispõem a segui-lo no seu caminho até a Cruz.
Por isso, logo nos primeiros capítulos de cada evangelho, aparece o relato do chamado. Quem ouve e segue torna-se discípulo ou discípula dele. O seguimento de Jesus é um longo processo com renovado chamado e resposta Jesus forma comunidade com seus discípulos e discípulas, por isso diz: “Fiquem unidos a mim e eu ficarei unido a vocês... Vocês não poderão dar frutos se não ficarem unidos a mim”.
Quais as condições para seguir Jesus? A principal é participar do destino do Mestre. Quem segue Jesus deve comprometer-se com Ele e estar com Ele na perseguição. É difícil compreender isso, por isso Marcos coloca todo seguimento de Jesus no caminho entre duas cenas de cegos: (Mc 8, 22-26).
Nesse caminho, após os três anúncios da paixão, morte e ressurreição, Jesus orienta seus discípulos apresentando as condições para segui-lo: “Perder a vida para ganhá-la”.
Fr. Antônio.

História da Vocação


Falar da própria história é sempre muito difícil, sobretudo de forma tão resumida. Mas farei o possível para contar um pouco da história da minha “vocação à vida religiosa”.
Partirei dos 13 anos de idade, quando minha família mudou-se do estado de São Paulo para a cidade de Sinop no Mato Grosso. Lá procuramos uma comunidade para participarmos, e, um ano depois, recebi o convite por parte de meu catequista para me integrar ao grupo de jovens que havia naquela mesma comunidade.
A comunidade era bastante pobre, nem igreja tinha. Havia apenas um salão onde tudo era improvisado, pois era um local “multiuso”. Ali aconteciam os encontros de catequese, de ceb’s, de grupos, de pastorais, movimentos sociais etc. Aconteciam naquele mesmo local, aos sábados à noite, as festas e os bailes, “eta coisa boa!”, e antes que o dia de domingo amanhecesse limpávamos e organizávamos o salão para a missa.
Assim, fui me envolvendo com a comunidade através do grupo de jovens, interagindo com a Pastoral da Juventude e, conseqüentemente, com a sociedade, pois promovíamos eventos como gincanas, shows, torneios de futebol e voleibol. Também impulsionamos inúmeras campanhas de solidariedade às famílias carentes e às pessoas doentes. A Pastoral da Juventude estava muito ativa e seu trabalho era reconhecido tanto pela igreja quanto pela sociedade. Como líder da PJ no estado, tive a oportunidade de conhecer muitas pessoas que trabalhavam em diversos setores da sociedade, no âmbito estadual e nacional. Inserido nesse contexto, eu via a presença de muitos religiosos junto com a gente, e pensei em partir pra este rumo. Conversei com uma irmã - grande amiga - e com um jovem frei, ambos assessores da PJ, sobre a minha vontade de seguir a vida religiosa. Aconselharam-me a pensar melhor sobre o tema, já que eu estava namorando e que ainda era muito jovem, pois tinha 18 anos, e sugeriram que me inserisse ainda mais nos movimentos sociais. Achei interessante o conselho deles, e foi aí que me tornei um militante do PT. De vez em quando pintávamos a cara com os estudantes e íamos para as ruas, como diz o Zé Vicente: “gritando palavras de ordem, de uma nova ordem...”. Ao iniciar o ano 2000, eu já estava decidido a fazer uma experiência de vida religiosa. Porém, antes disso, o Partido dos Trabalhadores me convenceu a ser candidato, pois como era um partido novo na cidade deveríamos divulgá-lo, mesmo que as chances de se eleger um petista fossem mínimas. Aceitei a candidatura, deixando claro que em novembro daquele mesmo ano eu iria para o seminário. Assim aconteceu, aos 23 anos de idade fui acolhido pelos freis capuchinhos em Cuiabá!
Fr. Kellycio


Filosofando

Deus é autor do mal?

Se Deus é criador de todas as coisas de onde provém o mal? Eis o que diz um fragmento da Ética de Epicuro, face ao problema do mal: Deus, ou quer impedir os males e não pode, ou pode e não quer, ou não quer nem pode, ou quer e pode. Se quer e não pode, é impotente: o que é impossível em Deus. Se pode e não quer, é invejoso, o que, igualmente, é contrário a Deus. Se nem quer nem pode, é invejoso e impotente: portanto nem sequer é Deus. Se pode e quer, o que é a única coisa compatível com Deus, donde provém então a existência dos males? Por que Deus não os impede?
“Pois Deus não fez a morte, nem tem prazer em destruir os viventes” (Sb 1,13), porque a soberana essência faz ser tudo quanto existe. Mas a morte, ao contrário Daquele que dá a vida, precipita no não-ser a tudo o que morre, porém, há de se considerar que a morte não é absoluta, mas um processo para a vida. O ser que morre não morre inteiramente, porque se as coisas mortais ou corruptíveis perdessem inteiramente seu ser, chegariam ao nada. Tanto mais morrem quanto mais deixam de participar da ação criadora de Deus. Ou, dito mais brevemente: tanto mais morrem, quanto menos são. É assim que todo corpo (apenas material) é menos do que vida qualquer, pois a pequenina forma que lhe cabe perdura no ser, graças à Vida que organiza tão bem, seja cada ser animado, seja o conjunto da natureza universal. Logo, o corpo (material) está mais sujeito à morte e, portanto, mais próximo do nada. Isto posto, o ser com alma, que pelo gozo material abandona a Deus, tende ao nada e esse é o mal (nequitia).
O afastamento de Deus torna a vida terrena e carnal. Enquanto permanece nesse estado não possui o reino de Deus, e o objeto de seu amor lhe escapa. Isso porque ama o corporal que é menos do que a Vida. Devido a essa desordem, é corruptível o objeto de seu amor. Há um abandono de Deus como aconteceu no relato bíblico em que Eva despreza o mandato divino: “Coma isto e não aquilo” (Gn 2,16.17). Portanto, o homem vê-se arrastado às penas, por reduzir sua vida à imanência. A escravidão da matéria envolve o ser humano na dor: “Pois o que é a dor, a chamada dor física, senão a perda repentina da integridade do corpo que – por abuso da alma – caiu sujeito à corrupção? E no que consiste a dor dita da alma, senão na privação das coisas perecíveis de que a alma desfrutava ou esperava desfrutar? A isso se reduz tudo o que se chama de mal, isto é, o pecado e o castigo do pecado”. (Santo Agostinho)
Fr. Heinrich

Mensagem


O PARADIGMA DA HOSPITALIDADE

Vivemos numa época denominada pós-moderna, como alguns referenciais teóricos costumam atribuir. Entretanto, ainda não temos bem claro o que isso significa e quais as implicações desta era. Tudo isso porque vivemos numa realidade de Terceiro Mundo que acaba se “adequando” ao Primeiro Mundo por causa de sua “dependência” em todos os níveis: cultural, político, econômico e religioso, sobretudo a partir do fenômeno ao qual designamos globalização. Este fenômeno por um lado pode criar uma oportunidade de encontro de todos com todos e, por outro lado, pode ser uma encruzilhada para a humanidade.
Todavia, conforme nos apresenta o paradigma planetário faz-se necessário quatro valores pertinentes para uma globalização bem sucedida: a hospitalidade, a convivência, a tolerância e a comensabilidade. Eis o novo paradigma contemporâneo.
Segundo Sanchez na obra ....., a hospitalidade era a lei sagrada entre os semitas, devido à precariedade da terra e do ambiente e de acordo com a sua cosmovisão antropológica que só via nos outros amigos ou inimigos. No entanto, para o teólogo da libertação, Leonardo Boff, a hospitalidade é, antes de mais nada, uma disposição da alma, aberta e irrestrita. Ela, como amor incondicional em princípio, não rejeita nem discrimina ninguém. É simultaneamente uma utopia e uma prática. A hospitalidade congraça assim o humano e o divino e pode garantir o fundamento para uma convivência minimamente terna e fraterna de todos dentro da mesma Casa Comum. Somente a partir de uma prática da hospitalidade, juntamente com as demais virtudes, é que forneceremos o chão da esperança para todos.
Quem hospeda a Deus se faz templo de Deus. Quem faz dos estranhos seus comensais herda a imortalidade feliz. Todo estranho produz o sentimento de estranheza normalmente associado ao receio e ao medo. A hospitalidade para com o estranho envolve abertura, coragem de enfrentar e superar a estranheza que provoca o medo, a desconfiança, o afastamento e até a rejeição do outro. Hospitalidade é acolher o estranho assim como se apresenta sem logo querer enquadrá-lo nos esquemas válidos para nossa comunidade. Tudo passa pelo outro, fora dele não há salvação. O inferno não é o outro como afirmou Jean Paul Sartre, mas o caminho para o céu.
Frei Hélio Meireles

Humor

Comida Ruim
O sujeito está jantando num restaurantezinho sujo de beira de estrada.
Quando o garçom passa perto de sua mesa ele resolve reclamar:
- Garçom, eu não consigo comer esta comida! Chame-me o gerente, por favor!
- Não adianta, senhor! Ele também não vai conseguir comer.
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Padres
O velhinho está nas últimas. O padre está a seu lado para dar-lhe a extrema-unção. Ele lhe diz ao ouvido:
- Antes de morrer, reafirme sua fé em nosso Senhor Jesus Cristo e renegue o Demônio!
Mas o velhinho fica quieto. O padre pergunta:
- Vamos lá... Quando se deixa este mundo, é preciso se preparar e renegar o mal para poder juntar-se ao Senhor o mais rápido possível...
Por que você não quer renegar o Demônio?
Então o velhinho, com uma voz trêmula:
- Enquanto eu não souber para onde eu vou, não quero ficar mal com ninguém!
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Trabalho
Um cara que estava trabalhando viu o outro deitado numa rede na maior folga e falou:
- Você sabia que a preguiça é um dos 7 pecados capitais?
Aí o cara na maior folga respondeu:
- Sei, sim. Mas a inveja também é, viu?

5 Informativo Semente Nova de Março de 2006

Editorial

Nosso encontro
Irmãos/ãs, Paz e Bem! Olha nós aqui de novo. Sabemos que vocês estavam com saudades, porque nós estávamos com muitas saudades de vocês. Um novo ano se iniciou, pessoas novas chegaram, outras saíram para formar novas fraternidades, e assim continuamos a nossa caminhada, levando até vocês o nosso informativo. Que legal!?!Queremos tornar presente, que nos dias de 01 a 04 de fevereiro de 2006 aconteceu o nosso 5º Encontro dos Pós-Noviços da Vice-Província do Brasil Oeste. O mesmo realizou-se na comunidade São João Batista, interior da paróquia de Pimenta Bueno – RO. Participaram do encontro 12 Pós-Noviços, faltando apenas um que não pode estar presente. E nos visitaram Fr. João dos Anjos e Fr.Severino. Este encontro foi marcado pela partilha da nossa caminhada do ano anterior, que se deu em quatro pontos da nossa vida, sendo eles: A nossa Vida Espiritual, Fraterna, Pastoral e Formativa.
O encontro foi vivido num clima orante, celebrativo junto com momentos de lazer, futebol com a participação da comunidade, bênçãos as famílias e principalmente com a alegria de estarmos juntos. As trocas de experiências foram marcantes e profundas para o revigoramento do carisma franciscano capuchinho em nossas vidas. Ao final escolhemos os novos frades que estarão coordenando durante este ano os nossos encontros, são eles: Frei Darlan Dal’Maso, Frei Luciano de Souza Santos e Frei Kellycio Medeiros Pereira e também os novos que assumiram o informativo, Fr.Ricardo e Darlan. Saímos com a certeza de como é bom nos encontrarmos para celebrar, partilhar e pensar a nossa caminhada e nossa vida. Isso nos torna cada vez mais próximos e nos faz mais irmãos.

Franciscanismo

São Francisco
Falar de São Francisco será sempre emocionante. Seu exemplo nos convida à mudança. Suas histórias são comoventes, ele é o espelho da nossa vida religiosa franciscana capuchinha. A sua vida foi se projetando sobre os homens de todo o mundo, inquietando grandes e pequenos, sábios e ignorantes, pobres e ricos. Se perguntarmos o segredo de Francisco, descobriremos que Ele levou a serio o Evangelho, ou seja, pôs em prática as palavras de Cristo. No meio de uma era complicada, cheia de preconceitos, hierarquias, rótulos e diferenças sociais, Francisco revela a originalidade das coisas simples, a transparência e a luminosidade da vida evangélica e o sentido verdadeiro da existência. São Francisco viveu assim, obedecendo a Deus, confiando Nele, amando-o. Soube olhar para além dos sentidos corporais, descobrindo as riquezas de Deus. Elas lhe chamam a atenção de tal forma que deixa tudo para ir em busca dessas riquezas e ensinar aos outros a fazer o mesmo. A sua vida é mais encantadora do que todas as lendas que florescem em torno dele. Seu exemplo pode acordar o Francisco adormecido em cada um de nós, levando-nos à vida uma nova experiência espiritual que nos faça vibrar de coragem e de felicidade.
Frei J. Francisco


Filosofando

Luz que brilha sem brilho
Toda luz tem brilho que não se é notado, por isso ela brilha sem brilho. Todas as vezes que vejo uma luz a brilhar nunca pergunto de onde ela veio ou de onde vem, só sei que ela está a brilhar para poder servir ao dia e espantar a escuridão. Desse modo, a luz brilha sem brilhar. Pergunto-me se esta luz brilha para mim e para os demais. Não seria ela só para mim? Se assim fosse, a luz teria brilho apenas para mim e não teria brilho para outras pessoas. Seria luz que brilha sem brilho, porque o brilho da luz que penetra nos meus olhos não conseguiria chegar a brilhar no mundo de minha vida. Na verdade não sei quem é a luz, se ela é um brilho ou se é uma luz que brilha a me enganar. Em todo caso, dia após dia, há uma luz e uma escuridão que os sentidos nos relatam serem verdade. Movido pela razão dos sentidos, a luz é um brilho que me faz a creditar que há um ser divino. Mesmo sem saber de onde a luz veio ou vem, Deus continua a ser minha luz.
Frei Deodete Nunes

História da Vocação

“Quando eu era formado em segredo tecido na terra mais profunda, teus olhos viam minhas ações eram todas escritas no teu livro. Os meus dias já estavam todos calculados antes mesmo que chegasse ao primeiro” (SALMO 139).
Partindo do principio de que é Deus quem nos forma e nos chama à vida, vocação é a resposta que damos a este chamado de Deus. Eu nasci e me criei numa comunidade do interior de Tangará de Serra – MT, chamada São Joaquim do Boche. Comunidade esta onde dei os meus primeiros passos na vida Cristã, recebendo os sacramentos iniciais. Nessa mesma comunidade fui catequista e membro de grupo de jovens, participava também das celebrações dominicais. Desde muito cedo sonhava em ser padre. Enquanto meus colegas queriam ser jogadores de futebol, advogados, médicos, bombeiros, eu queria ser padre. Com o tempo comecei a trabalhar, a namorar, mas não me sentia realizado. Até que um dia, em um encontro vocacional, tomei a decisão de fazer uma experiência com os Freis Capuchinhos. Depois de ser acompanhado por algum tempo, ingressei no seminário Santa Terezinha, em Tangará da Serra- MT, no dia 19 de setembro de 2001. Lá, eu fiz o aspirantado, pré-postulantado, e o postulantado. Fui para Cuiabá fazer o noviciado, mas depois de vinte dias, desisti, por motivos familiares (separação dos meus pais). Voltei para casa com a intenção de fazer companhia a minha mãe, mas depois de um tempo percebi que necessitava retornar, foi quando pedi que me aceitassem outra vez na comunidade dos freis capuchinhos. Uns brincam dizendo que voltei para não trabalhar, pois quando saí do noviciado, fui trabalhar de saqueiro numa plantação de soja em Sapezal – MT. Outros dizem que pude ver mesmo qual seria minha vocação na poeira e no Sol que ardia o dia inteiro nas minhas costas. Dizem que, como Moisés, encontrei meu destino na sarça (sol) ardente. Mas o certo é que iniciei tudo de novo, desde o aspirantado até a fase que estou hoje no pós-noviciado. A minha caminhada vocacional nunca foi fácil. Contudo, todos os dias eu agradeço e ponho a minha vida nas mãos de Deus, que me criou e me formou, e que me chamou à vocação religiosa.
Frei Luciano

Teologando

Meus caros irmãos, irmãs e confrades, paz e bem! Mas um ano se iniciou, e junto com ele os nossos estudos. Neste, eu estou caminhando no 4º ano de teologia. O que aqui partilho com vocês é um pouquinho do que estou trabalhando para a minha monografia, que vai ser sobre espiritualidade.
Ao falarmos de espiritualidade uma primeira coisa a constarmos é que neste campo, o corpo e a sensibilidade receberam uma conotação muito escassa. A espiritualidade necessita do homem em toda a dimensão de sua condição encarnada: o corpo, os sentidos, as paixões, suas pulsações, com todo o mundo que constitui o objeto dessa atividade. Seu valor vem de sua pertença ao ser do homem, de sua função primordial na vida humana.
Convém ainda recordar que o principal valor vem da graça de Deus, da encarnação e da redenção que atinge em cheio a condição física do homem.
Outra coisa que constatamos é que a espiritualidade incorporou há tempos o fator psicológico e não foi capaz de incorporar o fator sociológico. É difícil vermos as condições sociológicas e a comunidade aparecer como sujeito da nossa espiritualidade. Aí nos cabe a perguntar; por quê? A resposta parece ser simples, é que muitos de nós esperamos da espiritualidade que ela elimine as circunstâncias externas que provocam a crise, o medo, o conflito, ... ou, ao menos, que nos diga quando isso vai terminar. Esse é o tipo de solução que a espiritualidade não sabe nem pode dar. Pelo contrário, na maiorias das vezes ela nos leva para o conflito. Senão, como entenderíamos o fato de Jesus ter ido para Jerusalém, cidade em que pisou raríssimas vezes, no exato momento em que era mais procurado?
A espiritualidade não deve se contentar em prover o remédio por meio da paciência, do sentimento e das atitudes cegas. A primeira coisa que faz é ajudar-nos na compreensão e na autenticidade da fé. Por isso ela é fundamental em nossas vidas. Paz e Bem!
Frei Hélio Aparecido

Humor

No paraíso:
- Senhor, que são para vós mil anos?
- Um minuto.
- E cem mil reais?
- Um centavo.
- Senhor, dai-me um centavo!
- Pois não! Espere um minuto!
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O vigário
O novo vigário percorria a vizinhança para se familiarizar com seus paroquianos e de uma das casas onde bateu, uma voz feminina perguntou:
- É você, meu anjo?
O vigário hesitou um momento, mas acabou respondendo:
- Não, mas sou do mesmo departamento!
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Multa valoriza o carro!
Policial: - Vou lhe dar uma multa e tirar pontos da sua carteira, pois você dirigia a mais de 80 Km.
Motorista: - Escreva que eu ia a 140 Km. Preciso vender esta
carroça velha!

Mensagem

E OS PÓS-NOVIÇOS CRESCIAM EM GRAÇA....

Um novo ano letivo abre suas portas e descortina novos horizontes. Palpitam em nosso coração sentimentos de esperança e de um certo temor. Da apreensão face ao novo emergem as mais diferentes interrogações. O que importa é pôr-se a caminho. A caminhada, por sua vez, contém riscos, mas também muitas oportunidades de crescimento. Na dialética dos passos e dos acontecimentos, acontecem a libertação e a consolidação dos ideais de vida. Para quem “põe seus cuidados no Senhor”, a caminhada em meio às crises e desafios do desenvolvimento, não é de tragédia, mas de libertação. Para quem vive animado pela sabedoria da fé e da esperança até o espinho pode se transformar em flor e a terra ressequida em várzea fértil. Onde o desafio é grande, maior será a inspiração do Espírito em vista de um novo horizonte de vida e de esperança.
Nossas Constituições Capuchinhas definem o Pós-noviciado como “um período em que os frades, seguindo um crescente amadurecimento, preparam-se para assumir pela profissão perpétua a opção definitiva por nossa vida evangélica”(Const 3, 1). Sua finalidade é o desenvolvimento em vista do amadurecimento da opção pela vida religiosa. “O crescimento da pessoa faz-se no sentido de tornar-se adulto para conviver e doar-se aos outros”. O ponto de partida não é o “eu”, mas o “nós”. Amadurecido é quem, de fato, é um “ser-para-os-outros.” Isto é, capaz de relações fraternas. O tempo de desenvolvimento e amadurecimento é extremamente dialético, feito de solidão e de criatividade, assumindo responsabilidades e tarefas. Quem se põe a caminho, não pode parar ou acomodar-se ao seu pequeno mundo. A pessoa realiza-se somente quando se doa. A morada do ser é o amor solidário.
O Pós-noviço é uma pessoa que se põe a caminho. Um vocacionado à autonomia efetiva e à capacidade de responsabilidade. Tendo presente o texto Evangelho de Lucas 2,51-52, o pós-noviciado é um tempo de amadurecimento para a missão. Nesse tempo, o Pós-noviço, como Jesus, em casa, “deve viver a não eliminável lei do crescimento que é a ambivalência para chegar a entre confiar e procuram consolidar a vocação capuchinha como serviço à vida na paz e no bem. O Pós-noviciado é uma oportunidade de crescimento em sabedoria, estatura e graça. O Pós-noviciado é um kairós!.
Frei Faustino Paludo

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

4 Informativo Semente Nova de dezembro de 2005

Editorial

O que é o Noviciado Franciscano – Capuchinho
O Noviciado é um tempo próprio e adequado para quem quer seguir Jesus Cristo, de acordo com o carisma do seu fundador, em nosso caso, São Francisco de Assis. Não é a última etapa da vida de formação do frade, mas sim um coroamento de toda formação. Por isso, é um tempo de aprofundamento e amadurecimento, no discernimento à vocação. Durante esse tempo, o noviço vai aperfeiçoando a sua fé em Jesus Cristo, de forma que a testemunhe no mundo, por onde quer que vá. A minha experiência do noviciado foi feita do ponto de vista espiritual, quando tive que mergulhar dentro de mim e descobrir aquela luz que me ilumina na caminhada de cristão consagrado por Jesus Cristo, junto às forças que me fazem viver em comunidade e fraternidade. Descobri que sou uma pessoa possuidora de muitos defeitos e qualidade, erros e acertos..., e que Deus é rico em misericórdia para com todos nós, apesar das nossas limitações. Acima de tudo, descobri que Ele ama a cada um de nós, independente de O amarmos como somos amados. Acredito que, em qualquer etapa da nossa vida, seja ela religiosa/ sacerdotal ou leiga, é necessário mergulharmos dentro de nós, a fim de buscarmos, com profundidade, o amor de Deus. E... o Noviciado é o tempo adequado para realizar isso com clareza e sinceridade de coração.
Frei Julio Cezar.

Franciscanismo

A humanização de Francisco de Assis
Francisco era um homem apaixonado e encantado pela vida, como qualquer jovem. Possuía várias virtudes... Entretanto, freqüentemente, no seu coração, permanecia um desejo de glória: “Um dia serei venerado em todo o mundo”.
A axiologia da vida mostrou-lhe vários sinais da manifestação e Deus em seu cotidiano. Um deles foi exatamente dar sentido pleno à vida: no rosto de Francisco estava configurado o amor de Jesus Cristo, pobre, humilde e crucificado. Para ele não havia mais sentido o desejo de glória, isto é, o sonho de ser cavaleiro, conforme o que ditava a cultura medieval, porém, a concretização de ser o soldado do Senhor. Francisco não abandonou o mundo conforme fizera o modelo de vida religiosa monástica, antes humanizou a realidade cósmica e deixou-se humanizar por ela.
Para ilustramos melhor essa convicção franciscana, basta olharmos a intimidade (relação) de Francisco com todas a criaturas, incluindo a morte; logo em seguida a aproximação do modelo de fé cristã ocidental com o estilo de fé oriental (o encontro com o sultão); e o amor evangélico pelos pobres. Neste último aspecto, podemos observar que a afetividade de Francisco se destaca numa das características mais marcantes de sua, ou seja, na sua riqueza de sentimentos, afetos e capacidade de expressá-los. Francisco não foi
só enamorado por Deus como qualquer outro santo, mas também por todos os homens e todas as criaturas, é irmão amigo de todos e de tudo. Com o coração mais que materno, coloca-se aos pés de todos e de cada um, obediente a toda a criatura humana, por amor a Deus. Extremamente cortês e nobre, sensível a tudo o que há de bom e belo, quer que seus seguidores sejam irmãos, alegres cantores da penitência-conversão, na paz e na fraternidade universal. Por isso, Francisco é um ser relacional e, nisto, consiste a humanização deste santo. Para ele, ninguém era anônimo... Tudo lhe fala. Tudo e todos eram interlocutores importantes.
Portanto, Francisco, na sua humanização, é o promotor da vida. No olhar de Francisco se revela a expressão exultante pela vida. Nela está o sentido pleno da humanização de Francisco. Sejamos loucos como Francisco, porque somente assim poderemos humanizar o mundo e deixar-se humanizar por ele.
Fr. Hélio Meireles Gonçalves

Historia da Vocação

Vocação é algo difícil de se falar, é um Dom de Deus que se constrói no dia-a-dia.
Tudo começou quando eu morava em uma cidade no interior do Paraná, de nome Ivaiporã. Meu pai, na época, era diácono permanente e eu, com sete anos de idade, servia meu pai na missão de coroinha. A vocação para o sacerdote já estava em mim, pois todos os domingos, ao terminar a celebração ou a missa e retornar à minha casa, com meus irmãos e vizinhos, celebrávamos “minhas missas”, no fundo do quintal; roubava pão da minha mãe, para fazer a Eucaristia, e suco da amora era o vinho: isto me completava! Com doze anos de idade, em 1980, mudamos para o Mato Grosso. Moramos em uma cidade por quase um ano e, depois, mudamos para um sítio. Em todos estes lugares estava sempre presente nas missas e grupos de jovens. Na comunidade, sempre fui visto como alguém que sempre dá apoio, estava sempre ajudando o grupo de jovem, o apostolado da oração, ajudando em teatro e tudo mais. Já no ano de 1990, resolvi experimentar a vida na cidade grande, à procura de melhoria de vida e um bom emprego. Então mudei para a capital, Cuiabá. Tudo foi muito bom, a experiência valeu a pena, não posso reclamar de nada. Fiz excelentes amizades e também consegui ótimos empregos. Como ganhava muito bem, sempre estava reunido com meus amigos em festas, “churrascadas”, danças e futebol, o meu preferido. Eu tinha um sonho, que era casar e ter muitos filhos, mas isto ficou só no desejo. Tive várias namoradas, porém nunca deu certo. Chegou uma época que as coisas melhoraram, comecei a trabalhar por conta própria, então esqueci da Igreja e cheguei a ponto de satirizar, “gozar” das pessoas que iam para suas Igrejas. Passei a amanhecer em lanchonetes, bares e danceterias... Tudo estava virando um mar, não “mar de rosa”, mas sim “de espinhos”. Um dia, ao retornar para casa, passei a maior vergonha de toda a minha vida: recebi uma carta e corri para abrir, pensando que era uma mulher interessada em minha pessoa; abri a carta e fui ao chão... nela estava escrito assim: “Olá, Cláudio, tudo bem com você? Espero que não fique zangado, estou lhe convidando para participar da reunião de preparação para a liturgia, aqui na Igreja, todas as quartas-feiras, a partir das 19:30”. Nesta carta estava gravado o seguinte nome: Alessandra, coordenadora da Liturgia.
Tenho muito a agradecer a Deus pois, a amizade que não consegui na rua, lá eu consegui. Começamos a caminhar com o grupo de oração, fazendo visitas nas casas. Nos momentos da leitura da palavra, eu escutava algo falar comigo e ficava perturbado, porque sentia que o Senhor me chamava para eu ser um padre. Nos domingos e quintas-feiras, sempre o frei Laudino ia celebrar e sempre falava que era para nós darmos um jeito de trabalhar para surgir padres dali, pois no Rio Grande do Sul não havia mais para mandar. Eu pensava que ele estava falando para mim, e voltava para casa completamente perturbado. Foi quando me abri com o Adelson e Josimar (o careca). Eles me aconselharam e fui falar com o Frei Laudino que me recebeu muito bem e disse que “a porta estava aberta ... Pessoas para dar conselho e conforto como o Frei Laudino, eu não conheci muitas! Vejam bem o que são os sinais de Deus, o Frei Vitor Paludo foi ordenado, ganhou uma árvore e disse que quem a plantasse seria padre... E a árvore foi entregue justamente para mim.
Hoje só tenho a agradecer a Deus e a Nossa Senhora da Medalha Milagrosa. E Peço que vocês rezem por mim, pois preciso de muita oração.
Frei Cláudio Roberto

Filosofando

É possível filosofar?
Sempre que falamos em Filosofia, pensamos logo em intelectuais, em pessoas muito inteligentes... e assim por diante. Mas... não é bem por aí. Todos nós somos filósofos, pois temos uma filosofia de vida, temos valores que nos regem. A filosofia é um corpo de entendimento que compreende e direciona a existência humana, em suas mais variadas dimensões. Todos temos uma forma de compreender o mundo, especialistas ou não-especialistas, escolarizados ou não-escolarizados; consciente ou inconscientemente, explícita ou implicitamente... Quem vive possui uma filosofia de vida, uma concepção de mundo: o operário, o técnico, o trabalhador rural, o jovem, entre outros. A Filosofia traduz o sentir , o pensar e o agir do homem.
Isto porque todos nos orientamos por valores. Todavia, ainda não estamos falando de Filosofia propriamente dita, pois esta é sempre uma “reflexão crítica” sobre o sentido e o significado das coisas e das ações. Desse modo, a Filosofia nos envolve, não tendo como fugirmos dela, pois é como o ar que respiramos. Se nós não escolhermos qual a nossa filosofia, da qual tiraremos o sentido que daremos a nossa existência, a sociedade na qual vivemos nos dará, ou melhor, nos imporá a filosofia dela. Quem não pensa é pensado por outro!
Por isso, nós, que fazemos parte de uma instituição, respondemo-nos a pergunta: apenas vivemos com alguns valores ou submetemos esses valores a uma reflexão crítica para, assim, brotarem novos conceitos, novos valores?! Pensamos ou somos pensados?
Creiamos que a vida religiosa está necessitando passar por essa reflexão crítica de seus valores. Não podemos mais nos deixar levar pela filosofia vigente da sociedade, das instituições, sem antes submetê-las a essa reflexão crítica; temos que elaborar a nossa própria filosofia... O filósofo não é profeta no sentido do senso comum, mas profeta no sentido da bíblia, ou seja, indivíduo capaz de ler, nos acontecimentos do presente, o significado dos que estão por vir, o que está a se desenvolver. A filosofia é uma arma na luta pela vida e pela emancipação do ser humano. Porém, ela nunca é neutra, sempre estará a serviço de alguém, de poderes políticos, de instituições... Então, como poderemos fazer esse processo de filosofar, de buscar novos caminhos, conceitos e valores?
Propomos aqui esse três passos que nos guiará a esse processo:
1º- Filosofar é inventariar valores que explicam e orientam nossa vida e a vida da sociedade, e que dimensiona as finalidades da prática humana;
2º- Filosofar é o momento da crítica, tomar os valores e submetê-los à crítica;
3º- É a construção crítica dos valores que sejam significativos para a compreensão e orientação de nossas vidas, individualmente e dentro da sociedade e instituições.
Não daremos respostas ou conclusões, pois queremos que cada um faça a sua própria reflexão. Abraços.
Frei Ricardo.

Humor

Em Moscou, um agente da KGB se aproxima do velhinho que está lendo um livro de gramática hebraica, sentado num banco de jardim.
- Pensando em ir para Israel nessa idade, vovô?
- Não é nada disso. Sabe, o hebraico é a língua do paraíso!
- E se você for para o inferno, vovô?
- Não tem problema. Já sei falar russo!
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O caipira está belo e folgado pescando à beira de um rio, quando aparece um sujeito desesperado:
- Ei, amigo! O senhor não viu por aí uma mulher loira, de camisa azul e saia amarela?
- Ora, vi sim senhor! Passou aqui inda agorinha!
- Puxa, graças a Deus! Então ela não deve estar longe, né?
- Tá não! Principalmente hoje que a correnteza tá fraquinha, fraquinha...

Mensagem

NATAL
Estamos nos preparando para mais um natal. Celebrar o natal é celebrar a chegada de Jesus, é celebrar o encontro de Deus com a humanidade; é celebrar o encontro das pessoas , pois natal é a festa da fraternidade. Precisamos retomar o sentido do natal, nos dias de hoje, tão marcado pela onda do consumismo. Para o cristão, natal não deve ser sinônimo de consumismo, mas de festa de Jesus Cristo, que veio trazer a vida e a paz, fruto da justiça. Mas a justiça que Jesus quer implantar parece que está esquecida pela maior parte da humanidade. É forte hoje a onda das injustiças que geram corrupção, exclusões, violências e falta de amor entre as pessoas. Precisamos abrir-nos ao Espírito de Jesus, que nasce pobre em Belém, tendo presente que “o fruto do Espírito é o amor, alegria, paz, paciência, bondade, benevolência, fé, mansidão, domínio de si” (Gl 5, 22). Olhando para a história de Cristo, fica mais fácil entender por que Ele tem tanto carinho e amor para com os pobres, excluídos e sofredores. Porque Ele passou por essa situação. Experimentou o que é ser excluído, fez a experiência da dor e da rejeição, desde o momento de seu nascimento Deus quis conhecer de perto a vida daqueles que veio resgatar. Quis sentir a experiência própria de não ter casa, terra, cidadania reconhecida, o que é ser desprezado na sociedade. E Maria, a mãe de Jesus e nossa, que acolheu com alegria e disposição a chegada de Jesus, não encontrou na noite gloriosa, lugar para acolher o filho de Deus. Hoje, passados mais de dois mil anos, Jesus continua a ser rejeitado e excluído na sociedade, nos tantos sem vez... As pontes e viadutos, as ruas, os cortiços, barracas e favelas tornam-se hoje abrigo de Jesus; os barracos de lona preta, à beira das estradas, que ainda dão medo e descaso a tantos (cristãos!!!), acolhem a tantas famílias que, como Jesus, não têm onde recostar a cabeça... Os milhares de desempregados são como o casal de Nazaré, migrando para o Egito, em busca de sobrevivência para seu filho, ameaçado pelo tirano Herodes. Os Herodes de hoje se multiplicaram e seus palácios aumentaram. Estão em Brasília, nas Câmaras estaduais e muitos municípios, nas empresas do agro-negócio, destruição da natureza, extração e exportação dos minérios, nas hidroelétricas... E famílias como a de Jesus, Maria e José migrando para sobreviver. O cristão deve fazer de seu coração a manjedoura que acolhe Jesus, acolhendo e se colocando ao lado dos que sofrem. Não um acolhimento hipócrita, mas concreto, que construa a justiça, não comungando com a opressão e corrupção. Que o natal traga energia, tornando-nos mais fraternos e humanos. E que, como Maria, geremos o amor, justiça, solidariedade e paz. Assim, haverá vida abundantemente para todos.
Frei José Olcoski

3 Informativo Semente Nova de setembro de 2005

Editorial

Vida Religiosa-Resposta ao chamado de Deus.
Todo ser humano tem dentro de si o desejo de realizar-se e de ser feliz. Para que esse desejo seja concretizado, é necessário fazer algumas opções na vida e escolher, com maturidade, o caminho a ser percorrido para alcançar tal objetivo. A vida nos apresenta muitas opções, por vezes muito tentadoras e aparentemente ideais, oferecendo-nos respostas imediatas às nossas dúvidas e buscas. Porém, sabemos que nem sempre o que é mais fácil é o melhor para nossa vida. Deus nos aponta alguns caminhos e nos faz convites para que sejamos capazes de olhar dentro de nosso íntimo e perceber o que melhor corresponde aos nossos anseios. A esse chamado damos o nome de vocação. A vocação à Vida Religiosa é um desses caminhos apontados por Deus. Se damos uma resposta positiva a ele, somos desafiados a amadurecer nosso sim e dar um passo de cada vez para alcançarmos nossa felicidade. A esses passos chamamos etapas formativas. Estas nos preparam para entender e assumir, com amor, responsabilidade e fidelidade esse caminho escolhido.
Ao final de algum tempo de experiência e amadurecimento, damos nossa resposta livre, espontânea e consciente. Fazemos votos a Deus de vivermos nossa castidade, obediência e desapego de tudo o que impeça nosso objetivo primeiro: Ser Feliz!
Assim, professamos pública e conscientemente, por toda a nossa vida, o desejo de assumir um estilo de vida e um carisma. Esta resposta definitiva são os "votos perpétuos", que professamos como um SIM permanente ao chamado feito por Deus. Fiz minha experiência, amadureci e fiz a minha escolha. Digo com toda certeza: Sou Feliz e encontrei meu caminho.
E você, já pensou no chamado que Deus está lhe fazendo? O tempo é agora e a resposta só depende de você.
Frei Reginaldo Casinato

Franciscanismo

Francisco e a Pobreza
Francisco era filho de uma família nobre, poderia muito bem ser um rapaz bem sucedido na vida, cheio de bens e fortunas. Mas deixa tudo e começa a viver como Jesus, pregando o Evangelho, sem levar no caminho nem sacolas, nem calçados, nem bastão. (Mt 10,10): Ser pobre é libertar-se e desprender-se das coisas materiais, sem deixar-se ser escravizado por elas, vivendo com o mínimo necessário e ser capaz de receber Deus dentro de Si.
Foi isto que São Francisco fez durante a sua caminhada, deixou ser conduzido pelo Espírito de Deus, vivendo com o necessário e prestando solidariedade aos mais necessitados. Francisco orientou os frades a viverem uma “pobreza sóbria e simples, seja na comida, na roupa, na moradia...” (Const: 60,3).
Essa pobreza é um elemento essencial que modela a vida e regra dos frades. A pobreza é um dos conselhos evangélicos da missão de Cristo e de Francisco que procurou vivenciá-la.(Lc10,4) Baseando-se nesse versículo do Evangelho, Francisco faz uma grande reflexão sobre o despojamento, aconselhando que todos os frades se contentassem com o pouco e fossem solidários com os mais pobres do que eles; partilhando este pouco que têm. Sendo assim, os frades seriam fiéis à pobreza e humildade de Jesus...
Essa pobreza, Francisco soube viver com alegria, não como uma obrigação; e orientou os frades que vivessem da mesma forma, porque a pobreza vivida com alegria afasta da falta de generosidade ao próximo, do excessivo apego ao dinheiro e até mesmo do ciúme que tem, como conseqüência, a desunião dos irmãos: “Onde a pobreza se une à alegria, não há cobiça nem avareza”(Adm. 27,3).
Francisco deixou um compromisso a seus irmãos e a todas as pessoas de bom coração: a vivência em consciência solidária com os inumeráveis pobres de toda a terra, promovendo também as obras de justiça e de caridade para promover o progresso dos povos.
Frei Alessandro J’ de Moura

História da Vocação

Eu tinha uns três ou quatro anos de idade quando o Padre da Paróquia Santo Antônio, da cidade em que nasci (Batayporã-MS), brincou comigo e disse: “você vai ser padre!”. Não dei muita importância. Tanto que nem gostei nada da idéia. Após alguns anos, em busca de melhores condições de vida, meus pais migraram para RO. Como morávamos no interior da cidade de Rolim de Moura, padre era como páscoa e natal; ou seja, tínhamos contato uma vez por ano.
Novamente em busca de melhores condições (agora de estudos) mudamos para Pimenta Bueno.
Lá encontrei um jovem que me disse que era seminarista. Eu nem sabia o que era aquilo. Mas me lembro que ele gostava de eletrônica, isso me chamava a atenção, porque eu também gostava. Mas não pensava de forma alguma em seguir estudo para ser padre ou religioso. Porém, foi assim que passei a freqüentar, todos os finais de semana, o seminário. Lá fui muito bem acolhido. Sentia-me bem entre os freis.
No final de 1994, Frei Laudino convidou-me para ingressar no seminário. Muito eufórico, disse sim. No dia 01 de fevereiro de 1995, entrei na Casa de Formação Frei Silvestre. Foi no próprio seminário que fui conhecendo melhor a vida religiosa e amadurecendo minha opção de vida. Em 1999 fui para o noviciado em Cuiabá-MT. Porém, por ter tido dificuldades de vivência com o grupo que ali vivia, solicitei minha saída da ordem. No entanto, no ano de 2000, com um novo grupo de noviços, retornei à minha formação religiosa. Hoje, olhando a história da minha vida, vejo que mais da metade dela está dedicada à vida voltada a Deus. Entretanto, apesar de ter uma família tradicionalmente católica, vejo que ser o que sou hoje não estava em meus projetos. Tudo surgiu inesperadamente.
Neste ano, professarei os votos solenes (02 de outubro) e, assim como o povo de Israel, que tinha dificuldades pelo caminho (“e quem não tem que atire a primeira pedra”), quero, com firmeza, fazer minha aliança com Deus, pedindo aos irmãos que me ajudem a viver com alegria o que vou professar.
Enfim, espero que também nós possamos saber acolher, animar e motivar novos jovens e crianças a buscarem sua vocação e vivê-la com alegria.
Frei Geovani


Humor

Era o último domingo que o frei estaria naquela igreja, no ano seguinte ele estaria em outra comunidade. Após a missa uma senhora veio lamentar-se e ele tenta tranqüilizá-la:
- Não se preocupe, encontrarão outro frei que exercerá um excelente trabalho.
- Ela lhe respondeu: foi exatamente isso que nos disseram na última vez.
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Na porta da igreja, antes da missa, conversa rola, e o padre no meio de um grupo. Um cabra de chapelão de palha e peixeira na cintura diz:
- Pois padre, me desculpe, mas comigo é assim: se o cabra me contar uma mentira eu faço hannnn... Se ele não justificar eu passo a peixeira na barriga.
- Começa a missa e o cara ta lá no primeiro banco, bem compenetrado. Na hora do sermão, o padre explica o milagre da multiplicação dos pães:
- Meus irmãos, Jesus alimentou cinco mil pessoas com cinco pães...
- Antes de concluir o homem que não admitia mentira fez Hannnn... - E o padre muito que ligeiro ajustou: mas também cada pão era do tamanho desta igreja.
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O Portuga e os óculos
Lá no escritório, o português fala pro amigo brasileiro:
- Escuta...tu me empresta teu óculos que eu preciso escreveire uma carta?
- Mas, Joaquim...meus óculos são para longe!
- Não tem importância! A minha carta também.

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Filosofando

O Mal para Santo Agostinho

Na realidade em que nos encontramos atualmente, somos levados a pensar que não utilizamos a filosofia ou que ela não esteja presente no nosso cotidiano. Entretanto, a amizade pela sabedoria está presente e faz parte de nossa vivência mais do que se imagina, nos levando a refletir sobre temas importantes e nos faz questionar sobre as nossas ações diárias...
Um dos grandes problemas da Filosofia Cristã é a questão do mal. Segundo o cristianismo, se Deus é onisciente, tudo sabe, se Deus é onipresente, está em todo o lugar, e se é onipotente, tudo pode... Então, por que o mal existe? Já que Deus é bom e fez todas as suas criaturas boas, como pode existir a maldade? Partindo deste questionamento, Santo Agostinho, um dos grandes filósofos cristãos, passou grande parte de sua vida procurando responder de onde vem o mal e quais são as suas causas.
Segundo o mesmo, o afastar-se de Deus e de seu Bem, gerou no homem o mal, afastamento este assumido livremente pelo homem, a partir da queda de Adão, quando o mal passou a se desenvolver em outras criaturas boas, distanciando-as da razão e enchendo-as de desejos.
Estes seres maus esforçam-se em se afastar do bem... O mal só se apossa da pessoa humana, a partir do momento em que se aproveita de uma coisa boa para agir, necessitando da presença do bem para fazer estes corpos bons se distanciarem deste bem.
O mal é como uma ausência de Bem e não como uma força poderosa que confronta o Bom, que é Deus. Este mal acontece no ser humano quando este comete um erro, peca, mente e vive no sofrimento acarretado pela culpa, compreendendo assim que as pessoas e todas as substâncias em si próprias estão ligadas ao Bom, a Deus, que as criou e as fez boas.
Com estas constatações, Santo Agostinho consegue explicar, de forma clara e sem deixar dúvidas, que o mal tem sua procedência no nada.
Com árduas pesquisas e averiguações sobre a origem e sobre as causas do mal, chega-se à conclusão ele não é senão o nada...
Deus não o criou, pois se o tivesse criado, o mal seria bom e não faria com que as pessoas se distanciassem do Bem.
Frei Darlan Dal’Maso

Teologando

Segundo alguns estudiosos, não é possível fazer teologia, a não ser por meio da Teologia da Libertação, isto é, a partir dos (e com) os pobres.
Parece-me que muitos dos nossos grupos de formação e experiências pastorais “fracassaram”, pois não conseguimos nos libertar do nosso desejo de libertação para os outros. E quando grifo, aqui, o “nosso”, refiro-me aos teólogos e agentes de pastorais (incluindo-me entre estes), que tiveram, e têm, de várias formas, um papel de liderança e formação.
Até que ponto os nossos desejos se Ser pobre é libertar-se e encontram com os desejos dos pobres?
Será que não confundimos, muitas vezes, os nossos anseios como os anseios dessas pessoas?
Não terá sido o nosso discurso de libertação mais atraente do que a partilha, feita pelos pobres, dos seus sofrimentos?
Qual foi o lugar que a história do sofrimento dos pobres tomou, realmente, na nossa prática?
O esquema ver–julgar–agir, em muitas experiências, já não estava indiretamente definido?
Até que ponto o pobre foi realmente sujeito da história e do processo proposto?

Frei Antônio Francisco

Mensagem

Fonte inesgotável
A Bíblia em nossa vida

Geralmente, algumas pessoas têm o costume de ter um livro na cabeceira da cama para, antes de adormecer, fazer uma breve leitura. Ter um livro como companheiro é sinal de que está sempre em busca da sabedoria, pois é esta que nos leva a conhecer novos horizontes e aprofundar o que já conhecemos.
É neste sentido que a sabedoria de Deus vem a nós, os que acreditam na Sua palavra revelada na Bíblia sagrada. Nós, cristãos e cristãs pertencentes à Igreja, temos a oportunidade de aprofundar o conhecimento e a meditação da palavra de Deus em nossa vida, com mais intensidade durante o mês de setembro, dedicado pela Igreja como o mês da Bíblia.
Porém, isto não deve ser feito somente neste período, somos convidados a, diariamente, tornar viva a palavra de Deus em nossa vida, já que ela é uma fonte inesgotável, atraindo-nos a seu saber... Quando deixamos que o saber de Deus penetre em nosso coração, transformando-nos para uma nova realidade de vida, certamente poderemos afirmar, com as mesmas palavras do célebre Frei Luiz Sebastião Turra: “a vossa palavra, Senhor, é sinal de interesse
interesse por nós”.Realmente! A Palavra nos transforma e, por isso, nos interessa. Na Bíblia, Deus fala ao coração atua nele. E é por meio dela que nós, seres humanos, podemos penetrar no coração de Deus. Assim como afirma São Gregório Magno: “ler a Bíblia é aprender a conhecer o coração de Deus, mediante suas palavras”. É de suma importância crer que só poderemos mergulhar no conhecimento de Deus por meio de Sua palavra. Entretanto, não podemos recusar a profunda experiência de fé tida na vida cotidiana de Sua presença.
Quando tivermos a oportunidade de termos, em mãos, a Bíblia, não deixemos passar despercebido o tempo que podemos dedicar à leitura e reflexão da palavra de Deus, pois é um forte instrumento que nos faz conhecer as maravilhas reveladas por Ele. Tomemos, como reflexão bíblica, a leitura de Pr 4,20-22.
Frei Carlos Antonio Rodrigues da Silva

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

2 Informativo Semente Nova de Junho de 2005

Editorial

Milagres acontecem... !!!
Capuchinhos de Porto Velho disputam torneio e são vice-campeões.

O Seminário Maior Arquidiocesano de Porto Velho, João XXIII, promoveu um torneio de futsal no dia 01 de maio, comemorando e celebrando o seu 20º aniversário. O torneio visava um momento de integração, de comunhão, de lazer fraterno e convivência.
Irmãos e irmãs, as nossas constituições nos dizem: “Os frades gozem todos de uma recreação conveniente, para promover a convivência fraterna e para refazer as forças... De acordo com os costumes e as possibilidades das regiões, façam-se recreações especiais... de maneira conveniente a nosso estado de menores (Const 84,1-2). Foi com esse espírito e intuito que participamos desse momento esportivo.
É verdade que, se tivesse feito uma aposta quem seriam os finalistas, nem nós mesmos apostaríamos em nós. Mas os jogos foram acontecendo e, quando vimos, dos 20 times do torneio, nós estávamos na final. Muitas frases surgiam neste momento, por nós e alguns que ali estavam: Nós estamos na final? São Francisco é forte, hein! Não é esse o time dos capuchinhos, e estão na final...? Assim como Tomé disse: “Eu só acredito vendo”, era só estando ali para ver que era real e acreditar.
Por outro lado, tínhamos alguns elogios: “Vocês são o time melhor organizado em quadra”. “Vocês tem muita garra, união e humildade”..
Irmãos, perdemos a final nos pênaltis, ficamos vice-campeões. Nosso goleiro, Frei Alessandro, ganhou a medalha de menos vazado. Mas, tudo isso não importa. O importante foi o momento esportivo que vivenciamos. Chegamos lá desconhecidos e desacreditados como time, saímos reconhecidos e parabenizados. Cansados como quem não aquentava mais, mas felizes, a auto-estima estava elevada.
Por isso, agradecemos e parabenizamos mais uma vez os nossos irmãos diocesanos, do Seminário Maior João XXIII, que proporcionaram esse momento gostoso e alegre, de comunhão e lazer entre as comunidades. Também o nosso amigo e “irmão”, professor Fábio R. Hecktheuer, que jogou conosco. Ser frei é também participar desses momentos esportivos que visa a integração.
E você meu caro jovem, não quer ser um frei capuchinho?
Um cordial abraço a todos!
Paz e Bem!

Filosofando

“A nossa vida se entende pelo que fazemos, pois viver é saber o que se faz, encontrar-se a si mesmo no mundo ocupado com as coisas e seres do mundo”. Todo viver é ocupar-se com alteridade, é convivência, encontrar-se no meio de uma circunstancia: “ Eu sou eu e minha circunstância. Circunstância é o próprio mundo, tudo o que cerca a vida, a minha vida e a de cada um. O viver consiste em saber-se, compreender-se, dar-se conta de. A palavra mundo designa uma totalidade estruturada a partir do ser-aí. O aí dá uma idéia de abertura, a partir da qual há no mundo. Não existe um ser aí sem mundo nem mundo sem ser-aí.
Viver é ocupar-se com o outro e não de si mesmo. Conviver é encontrar-se no meio de uma circunstância. A vida é um defrontar-se com, estar aberto a... O homem nunca é seguramente homem, pois ser homem significa, precisamente, estar sempre com a disponibilidade de não sê-lo. O tigre não deixa de ser tigre, enquanto que o homem vive em risco permanente de desumanizar-se. O homem é um ser problemático e contingente e corre o risco de perder sua humanidade. Sua condição é uma incerteza substancial, pois, conforme Ortega Y Gasset, “o pensamento não foi dado ao homem de uma vez para sempre, isto é, não foi colocado a disposição do homem como uma potência perfeita e pronta para ser usada. Não pensamos para nascer, mas nascemos para pensar.
Frei Hélio Meireles


Teologando

SACERDÓCIO COMUM

O povo católico de hoje tem uma total necessidade de ministros ordenados, é o que se observa em nossas comunidades. Tudo se torna autêntico, se por um presbítero for realizada qualquer ação como, por exemplo, um casamento, batizado, intenção de 7º dia e tantas outras coisas; e há os que dizem não haver realização total, se a celebração ou missa não for presidida por um padre. Muitos católicos e católicas só vão à igreja quando tem missa,
ou quando é uma data importante (Páscoa, Natal)... Estes ainda não descobriram o sentido do sacerdócio comum que, em Cristo, todos fazem parte.
A comunidade cristã não deve ser um lugar de restrições, onde só alguns e algumas podem participar plenamente, e embora nossas estruturas e leis contribuam para isso. A presença de todos e todas é a mais importante. Cabe a nós resgatar a justificação que em Cristo somos privilegiados. Nesse sentido, buscamos corresponder com aquilo que recebemos no batismo, tornar-nos anunciadores e anunciadoras da graça de Cristo e não meros pertencentes de sua Igreja. Com a descoberta da relação direta com Deus e o sentido do sacerdócio, o cristão e a cristã compreenderão a importância de celebrar em comunidade e o sentido missionário do batismo.
O Tempo Comum não é um intervalo, nem tampouco menos festivo, mas sim o Tempo da Igreja, onde todos e todas são convidados e convidadas a viver com intensidade os mistérios de salvação que celebraram em comunidade. É o tempo do testemunho e da Ação do Espírito Santo que deixa manifestar em nós a realização do Reino. Muitos frutos produzirão aqueles e aquelas que continuam participando, pois descobriram que se pode viver com grande alegria a herança que Deus nos reservou.
Frei José Randson
Mensagem

EUCARISTIA VIDA E COMUNHÃO

João Paulo II abriu o ano Eucarístico em outubro de 2004, que estende-se até outubro de 2005. Nesse tempo os discípulos de Emaús são um ponto de partida, que bem serve para nos orientar neste ano, no qual, a Igreja, “povo de Deus”, se empenha em viver o mistério da santa Eucaristia. Os dois discípulos caminham desesperançados e abatidos. Pelo caminho encontram um viajante, e vai explicando as escrituras. A luz da palavra desfazia a dureza de seus corações e lhes abria os olhos. Permanecer conosco, Senhor, suplicaram-lhe. E ele aceitou. Dentro em pouco o rosto de Jesus desapareceria, mas o mestre “permaneceria” sob os véus do “pão partido”, diante do qual seus olhos se haviam aberto. Quando o encontro se torna pleno, à luz da palavra, surge aquela que brota do “Pão da vida”, com o qual Cristo cumpre de modo Máximo sua promessa de “estar conosco todos os dias até o fim do mundo”. (Ecclesia de Eucharistia, João Paulo II).
Ao celebrarmos a Eucaristia, na fraternidade ou nas comunidades, não podemos ficar presos só àquele momento, pois ela ultrapassa esse pequeno espaço, onde, muitas vezes, nós a delimitamos. Em outras ocasiões fazemos deste momento algo só “meu”; esquecemos, assim, a dimensão da comunhão: com o universo e o outro. “Eucaristia é Comunhão fraterna, cultivada com uma espiritualidade de comunhão que nos induz a sentimentos de recíproca abertura, de afeto, de compreensão e de perdão” (João Paulo II).
Encarnar o projeto Eucarístico na vida cotidiana, lá onde se trabalha e se vive: na família, na escola, no trabalho, nas mais diversas condições da vida, é celebrar em todos os momentos: comunhão, vida e Eucaristia. É transcender é comungar da vida do irmão, da família, da fraternidade. O próprio momento e o sacramento. Termino com as palavras do Papa João Paulo II: O cristão que participa da Eucaristia aprende dela a fazer-se promotor de comunhão, de paz, de solidariedade em todas as circunstâncias da vida.
Frei João Ricardo Spanhol

História da vocação

Quando pequeno, minha mãe levava-me sempre a missa com ela. Um dia vi um casamento na igreja Nossa Senhora da Medalha Milagrosa. Achei muito bonito, pois era a primeira vez que via um casamento. Então pensei: “um dia irei também casar-me nesta igreja!” Eu só tinha quinze anos... Bom, o tempo foi passando, e eu participava da catequese, crisma; me engajei em um grupo de jovens cujo nome era Jumacc (Jovens Unidos Movendo Ação Comunitária Cristã). Então eu via os exemplos de vida dos freis que trabalhavam na paróquia Nossa Senhora Aparecida. Fiquei encantado e pensei: “Quero ser também um frei.” Mas meu grau de escolaridade era muito baixo, fiquei um pouco inibido. Resolvi procurar um amigo que já estava no seminário e perguntei qual era o grau de escolaridade que se devia ter para entrar num seminário. Ele respondeu-me: O 2º grau completo.” Fiquei triste, pois eu tinha apenas a 6ª serie. Então menti ao seminarista Isaias, que agora já é padre, dizendo que eu estava interessado em ser um padre. Isaías disse-me que iria levar o meu desejo ao seu reitor. Vinte dias depois, deu-me a resposta, era para eu ir conhecer o seu reitor Pe. Paulo. Então dei a ele a resposta que já tinha mudado de idéia, pois eu tinha mentido. Como eu iria?
Seis meses após, comentei o meu desejo de ir para um seminário a frei Vitor Paludo, mas o meu grau de escolaridade era apenas a 6ª série. Então frei Vitor sorriu e disse que eu podia estudar em Tangará da Serra, na casa dos freis ser um vocacionado franciscano capuchinho. Assim fiz. E sou muito contente com o presente que Deus me deu através do frei Vitor Paludo. Hoje ele está fora da Ordem, espero que um dia ele volte.
Frei Deodete Nunes da Silva.

Humor

ACIDENTES DE PERCURSO
Num vôo comercial, o piloto liga o microfone e começa a falar com os passageiros:
-Bom dia, senhores passageiros, neste exato momento estamos a nove mil metros de altura e estamos sobrevoando a cidade de... OH, MEU DEUS!
-Bem na hora houve-se um barulho:
-Plect, plect, crash!
Todos ficam extremamente preocupados.
E o piloto informa:
- Desculpe o susto, é que quando eu fui pegar minha xícara de café, sem querer eu a derrubei. Precisam ver como ficou a parte da frente da minha calça.
E um passageiro gritou lá do fundo do avião:
- E o senhor precisa ver como ficou a parte de trás da minha cueca.


O bebum estava no maior porre, quando passa uma procissão pela rua na frente do boteco.
Dezenas de pessoas carregando uma santa, num andor todo decorado em verde e rosa.
O cachaceiro berra:
- Olha a mangueira aí, gente!
Enfezado, o padre vira-se para o bêbado e esbraveja:
- Mas que falta de respeito, seu excomungado!
Fique ai com seu vício e nos deixe em paz com a nossa fé!
Nem bem o padre acabou de falar, a santa bate no galho de uma árvore, cai e se espatifa no chão. E o bêbado:
Bem que eu avisei!


- Olha, eu sou um pescador que pesca um peixe atrás do outro!
- Ué! Eu nunca vi você voltar da pescaria com um peixe sequer!

1 Informativo Semente Nova de Março de 2005

Editorial

RESSUSCITOU...!

Caros confrades, irmãos e amigos, a todos nossa saudação fraterna e amiga de paz e bem!

“De repente, Jesus foi ao encontro delas, e disse: ‘Alegrai-vos’” (Mt 28, 9a). É com este sentimento, onde o próprio Cristo ressuscitado nos convida a alegrarmos, que nós Pós-Noviços da Vice-Provincia, São Francisco de Assis, convidamos a todos vocês irmãos a se alegrarem conosco por meio deste informativo.

Vocês devem recordar que este jornal, já existia há um tempo atrás, como meio de comunicação da fraternidade de Porto Velho-Ro. Em especial da casa de formação São Francisco das Chagas, com os estudantes da Filosofia. Agora, nós, Pós-Noviços, após o nosso último encontro, decidimos e assumimos fazer ressurgir este informativo, para ser um elo de ligação, de comunicação e de informação, onde partilharemos nossas experiências de estudo, de trabalho e convivência fraterna com todos vocês que formam conosco esta grande família.

Aqui partilharemos nossos conhecimentos, nossas descobertas, nossas dores e angustias, alegrias e esperanças, que a formação nos suscita nos dias de hoje como religioso capuchinho.

Que o Espírito do Senhor ressuscitado nos conduza em nossos objetivos. E, que nosso irmão frei José Aparecido, que com está Cristo, junto com o Pai Seráfico são Francisco de Assis nos ajudem a permanecerem firmes no nosso propósito de vida.

A vocês irmãos o nosso apreço, o nosso carinho por partilhar conosco este informativo.

Deixamos aqui os votos em nome de todos os Pós-Noviços.

Alegrai-vos no Senhor! Paz e Bem!

Teologando

É POSSÍVEL PREGAR HOJE A RESSURREIÇÃO?

Todos os anos celebramos em nosso calendário a grande festa do cristianismo: a Páscoa. Como cristãos comemoramos esse ato a quase dois anos.

Esta festa nos recorda um grande acontecimento: a ressurreição do Senhor. É inegável que o cristianismo existe e perdura por causa da fé nesta ressurreição de Cristo, como afirma o próprio apóstolo Paulo: “Se Cristo não ressuscitou... é vã a nossa fé... seremos também falsas testemunhas... somos os mais miseráveis de todos os homens” (1 Cor 15, 14-18). Por sua ressurreição Cristo provou ao mundo que a vida possui uma força muito maior do que a morte. Pois a ressurreição é vida nova, é alegria é vida plena.

Contudo, também não dá para negar que o mundo é fortemente marcado por injustiça, violência e morte. Quem de nós não ouvimos ou presenciamos pessoas passando fome, sendo roubadas, violentadas, doentes, etc? Situações que parecem nos tirar a esperança de um bom futuro. Sinais que muitas vezes nos desanimam e põe em prova a nossa fé. E mais, nos faz questionar: é possível pregar hoje a ressurreição?

Primeiramente precisamos nos perceber como ser humano. Um ser cheio de potencialidades, porém limitado. E que sinais de paixão (sofrimento) e morte não são acontecimentos inéditos apenas de nossa época. O próprio Jesus de Nazaré experimentou, quando assumiu a nossa condição humana (sarx), esse nosso lado frágil. Assim como Jesus, precisamos saber assumir a nossa morte como condição humana. Por isso, quando falamos da ressurreição de Cristo não podemos deixar de falar da vida, paixão e morte de Jesus. E assim como Jesus nosso desejo é pregar a ressurreição com o objetivo de evitar a produção de mais cruz, para nós e para os outros. E também não esquecer que, nesse cenário que contradiz a vida, a ressurreição possui uma grande relevância para o fenômeno humano. “Diante do forte domínio de sinais de paixão e morte, ela (ressurreição) se revela como uma luz de esperança de que a nossa vida, o nosso futuro possui um fim bom”, afirma Leonardo Boff em sua obra Do Lugar do Pobre. E que assim como a nossa morte também a nossa ressurreição já começou. Ela é um processo que revelou primeiramente em Jesus e se propagará até conquistar toda a criação.

Frei Geovane Leite.

Franciscanismo

É difícil não deixar de ligar nesta campanha da fraternidade, São Francisco de Assis com a Paz, pois São Francisco soube vivenciá-la tão bem que se tornou um símbolo da paz na época em que viveu até os dias de hoje.

São Francisco não só anunciava e desejava a todos que “O Senhor vos de a paz” (1C 23), mas foi um grande pacificador, entre muitas historias, recordamos a briga do bispo de Assis com o prefeito (LP 44), o lobo de Gúbio (Fior 21) e a pregação em Siena (Fior 11), além de muitos outros fatos que São Francisco devolveu a calma, trouxe de volta a paz. São Francisco foi à própria paz, ele a viveu como se fosse uma regra, mesmo quando os irmãos tentavam seguir outros caminhos, São Francisco ainda assim conseguia manter a calma.

São Francisco não só desejou a paz, mas viveu de tal forma que a paz fez parte de seu próprio ser, como se a paz o complementa-se. Era para ele uma das principais alegrias poder levar e pregar a paz, pois só assim ele via que estava seguindo o propósito que Deus tinha para ele.

Não é por acaso que ele é conhecido como apóstolo da paz, embaixador da paz e promotor da paz, além de vários outros títulos que alcançou devido a grande pessoa que foi.

Francisco certa vez falou a frei Leão que se Deus tivesse alma, chamar-se-ia Paz e que só se dá valor a paz quando a perde. Também nos conta a legenda dos três Companheiros que “São Francisco, anunciava a paz, pregava a salvação, e com suas eficazes admoestações, muitos daqueles que viviam na discórdia, longe de Cristo e do caminho da salvação, unia-se na verdadeira paz” (3C 26).

O compromisso que São Francisco deixou e encarregou seus irmãos fazerem, é também o nosso nos dias de hoje, que é de “anunciar aos homens a paz e a penitência” (1C 29), é um clamor tão forte, algo tão esperado que aconteça, que depende de cada um de nós, sendo seguidores do carisma franciscano levar e proclamar a paz.

A Todos Paz E Bem!

Frei Darlan Dal’Maso

Filosofando

A vida é um movimento, inquietude, e não um axioma coagulado, inerte. O homem não é um esqueleto mecânico que se move por meio de molas, nem razão ambulante ou uma máquina de fazer conceitos. O fato radical é o ser humano viver.

Mas, o que é a vida afinal? Vida é o que somos e o que fazemos. A vida é um agora e consiste no que se é agora. Isso significa que o passado e o futuro só têm realidade no agora, graças ao que o passado e a antecipação do futuro se faz no aqui e agora. A vida é pura atualidade, é pontual, é um ponto que contém todo o nosso passado e todo o nosso porvir responde filósofo, Ortega Y Gasset.

Segundo Casa grande comentando Ortega y Gasset, “o primeiro atributo da vida é o dar-se conta, pois nossa vida nada seria se nós não nos déssemos conta. Todo viver é sentir-se vivendo, saber existindo; este saber, necessariamente, não implica um conhecimento intelectual nem sabedoria especial alguma, mas essa surpreendente presença que a Vida tem para cada um: sem esse saber-se, sem esse dar-se conta, nem a própria dor de dente não nos doeria. A pedra não se sabe ser: é cega para si mesma, ao contrário, viver é uma revelação, um estar insatisfeito com ser pura e simplesmente, mas compreender, inteirar-se”. Segundo Heidegger, a vida é uma preocupação,
uma angústia por não ter nunca certeza do que se antecipa. Nunca somos totalmente o que somos aqui e agora. Na realidade, somos o que somos a partir do possível
inerente ao projeto. A nossa vida é um projeto arquitetônico que vamos construindo aos poucos. Ninguém é um grão de areia cristalizado que no presente não possa ser modificado. Viver consiste em saber-se compreender, em advertir-se o que nos rodeia, num ser transparente a si mesmo. Nós somos o acúmulo da experiência da humanidade. Enquanto, o homem está preocupado com seus bens individuais, ele não é feliz. Quanto mais pobres somos, mais crentes somos. “A vida não é um instrumento da razão, mas sim uma realidade radical á qual deve supeditar-se”.

Frei Hélio Meireles.

História da minha vocação

O Amor vem de Deus, conhecer a Deus é ser amado por ele, é refletir o seu amor. (JO. 4,7)”

Estimado leitor, gostaria de relatar aqui um pouco da minha história vocacional. Assim como eu, muitos são chamados a anunciar o Reino de Deus.

Desde a minha infância fui educado para uma vida cristã, isto é, sempre participei da vida da Igreja atuando nas diversas pastorais, e um dos fatos mais marcante em minha vida foi a oração do rosário da qual eu participava com a minha mãe nos grupos de famílias. Com a graça de Deus ingressei na catequese onde realizei o sacramento da Primeira Eucaristia e da Crisma.

A minha participação na Igreja tornou-se ainda mais freqüente a partir do momento em que comecei a envolver-me com a pastoral da liturgia e da catequese. Confesso que a minha alegria era poder estar todos os domingos junto do padre no presbitério, proclamando as leituras e, de vez em quando até ajudando o padre na hora do ofertório. Foi por meio desses atos que comecei a tomar gosto e paixão pelos objetos sagrados da Eucaristia. Já não tinha outra coisa em mim de especial no momento da missa a não ser a contemplação dos objetos sagrados.

A minha vida foi se transformado cada vez mais, até que um belo dia fui convidado para participar de um encontro vocacional no Convento dos Freis Capuchinhos. Estando lá, recebi uma proposta para fazer uma experiência vocacional no convento dos Freis Capuchinhos em Tangará da Serra MT; confesso que fiquei muito feliz, porém, eu sou um jovem como qualquer outro, tinha meus planos de vida profissional, minhas farras e minhas paixões. Eu digo que não foi muito fácil deixar um projeto “natural” para acolher um projeto divino, mas nessa vida nem tudo é tão complicado assim que não se possa resolver com uma simples opção definitiva.

Durante a caminhada fui descobrindo, a partir do processo formativo, que, além do amor que eu sentia pela minha namorada, dentro de mim pulsava um amor maior de entrega, doação total ao Reino de Deus. Foi então, nesse tempo, que conheci São Francisco de Assis que na vida ensinou-me a discernir esta opção por Deus, acolhendo o Reino do amor, da justiça e da paz. Sei que nesta caminhada nem tudo são como as bonitas rosas, entretanto, com os poucos passos que pisei, descobri que os espinhos nos ajudam a amadurecer frente à vontade de Deus e a realidade atual.

A minha história vocacional não se acaba por aqui, mas perdura no meu dia-a-dia. Posso dizer que estou feliz, porque estou vivendo este tempo com intensidade, vontade e convicção.

Sou natural de Cuiabá MT, tenho 22 anos e estou cursando o Segundo ano de Filosofia. Venho de uma família de cinco irmãos e atualmente faço parte da fraternidade São Francisco das Chagas – Porto Velho RO.

Caro leitor: “Não tenha medo de se arriscar por uma causa maior”. JESUS CRISTO

Frei Carlos Antônio Rodrigues

Humor

O sujeito chega para o padre e pergunta:

- Padre, o senhor acha correto alguém lucrar com o erro dos outros?

- É claro que não, meu filho!

- Então me devolva a grana que eu te paguei para fazer o meu casamento.


O português manda um telegrama para sua mãe, que o espera no

Brasil: “Atrasei-me e perdi o avião. Saio amanhã no mesmo horário”.

A mãe, preocupada, envia um telegrama de resposta:

“Não, meu filho, não faça isso, senão vai perder o avião novamente!”.


- Doutor, como eu faço para emagrecer?

- É simples – respondeu o médico,

- Basta a senhora mover a cabeça da esquerda para a direita e da direita para esquerda.

- Quantas vezes, doutor?

- Todas as vezes que te oferecerem comida.